quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Luzes no asfalto


Do alto desta cidade,
a visão noturna.
Beleza ilusória emana
do asfalto ainda morno.
Da janela do edifício,
posso sentir as luzes,
 a zombaria dos carros.
Beleza quase morta
  nos olhos dos passantes.
É pura chama.
As ruas, ao anoitecer,
são caminhos de brasa.
O fogo infame dos faróis
ávidos por chegar.
Onde? Algum lugar.
A busca incessante.
Todos a caminho
do futuro, com as mãos
amarradas no passado.
Enquanto a vida se vive
e se apaga neste instante.



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